Quebra de simetria

Uma bola está inicialmente localizada no topo da colina central (C). Esta posição é um equilíbrio instável: uma perturbação muito pequena fará com que caia para um dos dois poços estáveis à esquerda (L) ou à direita (R). Mesmo que a colina seja simétrica e não haja razão para a bola cair em nenhum dos lados, o estado final observado não é simétrico.

Na física, quebra de simetria é um fenômeno em que um estado desordenado e simétrico colapsa em um estado ordenado, porém menos simétrico.[1] Esse colapso é frequentemente uma das muitas bifurcações possíveis que uma partícula pode assumir ao se aproximar de um menor estado de energia. Devido às diversas possibilidades, um observador pode assumir que o resultado do colapso é arbitrário. Esse fenômeno é fundamental para a teoria quântica de campos (TQC) e para os entendimentos contemporâneos de física.[2] Especificamente, desempenha um papel central no modelo Glashow-Weinberg-Salam, que faz parte do modelo padrão, modelando o setor eletrofraco.

Uma partícula (preta) é sempre conduzida para a energia mais baixa. Na proposta -Sistema simétrico, tem dois estados possíveis (roxos). Quando quebra espontaneamente a simetria, entra em colapso em um dos dois estados. Este fenômeno é conhecido como quebra espontânea de simetria.
Uma representação 3D de uma partícula em um sistema simétrico (um Mecanismo de Higgs ) antes de assumir um estado de energia mais baixo

Em um sistema infinito (espaço-tempo de Minkowski), ocorre quebra de simetria. Entretanto em um sistema finito (isto é, qualquer sistema real supercondensado), o sistema é bem menos previsível, mas em muitos casos ocorre tunelamento quântico.[2][3] Quebra de simetria e tunelamento se relacionam através do colapso de uma partícula em estados não-simétricos, enquanto a partícula procura um menor estado de energia.[4]

A quebra de simetria pode ser distinguida em dois tipos: explícita e espontânea. Elas são assim caracterizados ou pelas suas equações de movimento falharem em ser invariantes, ou pelo seu estado fundamental falhar em ser invariante.

  1. Heylighen, Francis (20 de março de 2021). «Entanglement, Symmetry Breaking and Collapse: Correspondences Between Quantum and Self-Organizing Dynamics». Brussels, Belgium. Foundations of Science: 85-107 – via SpringerLink 
  2. a b Gross, David J. (10 de dezembro de 1996). «The role of symmetry in fundamental physics». PNAS. 93 (25). Consultado em 28 de fevereiro de 2023 
  3. Ohira, Ryutaro; Mukaiyama, Takashi; Toyoda, Kenji (1 de fevereiro de 2020). «Breaking rotational symmetry in a trapped-ion quantum tunneling rotor» 2 ed. Physical Review A. American Physical Society. 101 (2). arXiv:1907.07404Acessível livremente – via SAO/NASA Astrophysics Data System 
  4. Castellani, Elena; Teh, Nicholas; Brading, Katherine (14 de dezembro de 2017). Edward, Zalta, ed. «Symmetry and symmetry breaking» Fall 2021 ed. Metaphysics Research Lab, Stanford University. Stanford Encyclopedia of Philosophy 

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